sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

RESUMO: O que é semiótica - Lúcia Santaella

A autora, Lúcia Santaella, inicia seu livro mostrando uma ideia do que é semiótica. Ela brinca sobre a confusão que o termo gera em nossos pensamentos no principio da tentativa de compreensão.

Em seguida, Lúcia expõe como será a visão abordada por ela. Faz-nos olhar para semiótica não como algo fechado, que pode ser traduzido por apenas uma definição; e sim, por uma ampla ideologia somada à curiosidade para despertar o nosso interesse.

Um dos grandes nós que dificulta a compreensão da semiótica é a confusão entre "Língua" e "Linguagem". Costumamos confundir e utilizar erroneamente a definição de cada um deles. Lingua é a que falamos. Que fazemos uso para escrita. Linguagem é tudo que gira em torno da comunicação, qualquer tipo de transmissão de alguma coisa.

A partir de então podemos notar também a diferença entre linguagem verbal (comunicação baseada apenas na fala e escrita) e Linguagem não verbal (comunicação baseada em todas as formas de transmissão).

Semiótica é o estudo dos signos, da linguagem. Por isso é importante compreender os termos mencionados acima.

Chegamos, então, na parte que diz respeito o titulo "até onde vai a semiótica". No decorre da leitura podemos concluir que o ambiente de atuação é bastante amplo. A autora menciona que a semiótica abrange até o que chamamos de vida; pois o desenvolvimento do organismo é a junção de informação + energia.

Após expor em linhas gerais o que é a semiótica, Lúcia adentra nos estudos peirceano.

C.S.PEIRCE foi um homem que dedicou sua vida ao estudo da lógica e dos pensamentos filosofos, juntamente com uma imensa e diversidade resma de estudos em outras ciência, tentando fazer uma analogia entre elas.

Desde muito cedo, quando ele começou na Filosofia, pretendeu trazer para esta uma aproximação do pensamento cientifico. Peirce não obteve sucesso em sua época, pois muitos não aceitavam a sua metodologia e seus pensamentos quando a lógica e a filosofia.

Max H Fisch, diz: "Peirce era uma especie de filósofo que era, em primeiro lugar um ciêntista, e uma especie de cientista que era, em primeiro lugar, um lógico da ciência. Nehuma Universidade, grande ou pequena, do seu tempo, soube o que fazer com tal filósofo ou com tal ciêntista."

É importante notar que a Semiótica peirceana, não é uma ciência a mais; e sim uma Filosofia cientifica da linguagem.
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Mesmo acreditando que toda e qualquer produção, realização e expressão humana é uma questão de semiótica, Peirce colava a semiótica como sendo pertecente a um sistema filósofico, que localizava-se em um sistema ainda maior. Ou seja, a semiótica não é uma ciência independente.
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Peirce acreditava, também, que o universo estava em expansão. E que tal crescimento continuo estava na mente do homem, visto que o pensamento humano gera produtos concretos, capazes de afetar e transformar materialmente o universo. E que por mais rigoroso e sistemático que possa ser o pensamento do homem, ele é falivel (Teoria do falibilismo). Isso nos dá uma ideia de que sua concepção da ciência e da filósofia são processos que amadurecem gradualmente. Produto da mente coletiva.
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Em seguida, a autora explica a estruturação do sistema a qual Pierce encaixou a semiótica, e ressalta a importância da compreensão dos símbolos e de suas categorias. Temos:
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-Primeiridade: Trata-se do pensamento no presente imediato; freco e novo; iniciante, original, espontâneo e livre; precede toda síntese e toda diferenciação. Não pode ser articuladamente pensado; afirme-o e ele já perdeu sua caracteristica.
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ex: COR AZUL
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-Secundidade: É aquilo que dá à experiência seu caráter factual, de luta e confronto. Ação e reação ainda em nivel de binariedade pura, sem o governo da camada mediadora da intencionalidade, razão ou lei.
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ex:CÉU
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-Terceiridade: Aproxima um primeiro e um segundo numa síntese intectual, corresponde à camada de inteligibidade, ou pensamento em signos, através da qual representamos e interpretamos o mundo.
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ex: CÉU AZUL ou AZUL DO CÉU

Um comentário:

  1. É uma abordagem primária no sentido de não expandir o conhecimento do assunto a um nível mais elevador.

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